quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Talvez...

Ainda há pouco eu queria escrever... não sei sobre o que, mas uma vontade de falar algo para alguém me veio à garganta... também não sei bem quem é este alguém... talvez uma pessoa que eu conheça... um amigo, um amor, um estranho... ou talvez para mim mesma. Não sei.

É engraçado como eu penso tanto, falo tanto, posto tantas coisas em redes sociais mas, quando é para escrever aquilo que eu realmente sinto, eu travo... parece que nada é bom o suficiente (seria o tal do signo??), parece que todas as palavras que eu coloco são repetidas, clichês, como se alguém as tivesse escrito em algum lugar, o que de fato, não deixa de ser verdade, nenhuma palavra neste mundo é inédita à ninguém (do mais rico ao mais pobre, todos podem fazer usos e frutos dela).

Então...o que tanto me aflige?? Seriam esses 30 anos que estão insistindo em bater à minha porta?? Talvez... eles são assustadores, não me avisaram que viriam e chegaram cedo demais (ainda me sinto uma menina indefesa, inexperiente, desesperada para saber qual caminho seguir). Seria, talvez, o amanhã? A certeza de um futuro voltado à um lugar onde não quero ficar? Mas aí é fácil...basta eu sair... ir embora... (será mesmo??). Será a vontade de abrir meu coração para que todos vejam o que eu vejo? Que todos saibam o que eu sinto?

Mas, o que eu sinto? O que eu vejo? Tem dias que eu vivo com a certeza, já outros, eu não tenho mais certeza de nada... parece que tudo volta à estaca zero e as dúvidas voltam a corroer entre as minhas veias... e meu desejo é só cortar as linhas que me prendem para poder andar com meus próprios pés... não sei...

Uma frase que sempre gostei foi a do meu querido Sócrates (o filósofo, não o jogador): "Só sei que nada sei."... durante anos a utilizei até como piadinhas, mas, hoje tenho a certeza de que realmente não sei de nada. Não sei de mim, e muito menos dos outros... e queria poder saber, para poder acreditar e seguir em frente. Nada mais dói do que a dor da incerteza... este maldito frio na barriga que nós temos quando não temos segurança com o que vivemos. Como se hoje fosse o sim e amanhã, o não...não gosto. Minha reação natural é abrir mão, seguir meu curso brigando apenas comigo mesma e com as minhas indecisões...

Um dia vou entender o que esse talvez significa... um dia... por enquanto, ainda continuo sem saber o que escrever... palavras desconexas, palavras ao vento... só lamento.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Ópera e Eu...

- Do jeito que estou, só a ópera mesmo.

- UheuHSAUHEEUhaushaushas

Esse foi um diálogo entre um amigo e eu há poucos minutos. Engraçado que quem não entende de ópera, não sabe, sequer, do significado da frase dita por mim.
A ópera, por muitos desconhecida, fala dos mais profundos sentimentos do ser humano. Vulgarmente falando, ela é uma peça de teatro com música. E dramática. Até as comédias possuem drama.

Verdi, Mascagni, Puccini e tantos outros... colocaram no papel e deram vida aos sentimentos: dor, traição, amor, paixão... momento econômico da época, passagem de um período para o outro, industrialização, capitalismo, pobreza... tudo isto está inserido numa que se preze, lógico que retratados de forma fantástica por cantores líricos perfeitos: Caruso, Pavarotti, Carreras, Domingos, Bocelli, Callas, Norma... tantos nomes, tantas vozes lindas que dão o tom perfeito a algo que, quando escutado com o coração, bate na alma, nos faz levitar e... chorar. Sim, a ópera quando bem apreciada faz qualquer marmanjo chorar.

É com esse sentimento profundo que admiro as obras e... choro. Choro pela Mimi, pelo Rodolfo... choro por mim e por quem não tenho por perto. Me identifico com as personagens por um simples motivo: sofrimento. Este sofrimento que corta a alma e faz uma personagem infeliz e morta, mesmo estando viva. Uma dor aguda, assim como a voz de uma soprano. Uma alma sombria, como o tom baixo de um barítono. Uma confusão de sentimentos, tal qual a orquestra, tão bem regida pelo seu maestro.

E, no final... a MORTE. Sim, tem que ter uma boa morte de algum dos protagonistas. Sem ela não é ópera, não é vida, não é sentimento. A morte que acalenta e silencia as dores do corpo e, talvez, da alma. O ápice da tragédia humana e a beleza de uma obra tão rebuscadamente trabalhada.


sábado, 16 de janeiro de 2010

Diálogos de um sábado à noite...

- Podemos conversar??

- Sobre??

- Ah, sei lá... qualquer coisa...me sinto tão só, com tanta vontade de falar com alguém... não precisa ser a conversa intelectual do século... só preciso conversar... só isso...

- Ok! Vamos falar sobre música?!?!

- Ahhhhhh, legal... o que vc tá escutando de bom no momento??

- Cantor X, conhece?

- Hum... não... ele é bom???

- É muito bom! Tem um poder vocal excelente. Alcança notas fantásticas. Tem até a música Y que foi cantada por outra pessoa... talvez você saiba quem é... é o canto W.

- Ahhh, eu sei... muito legal ele... e essa música Y também é linda... dps vc poderia me mandar o link dela pra eu baixar???

- Ok!

[Pausa...]

- Tô tão triste hj...

-Que aconteceu??

- Ahhh, sei lá... monte de coisa ao mesmo tempo... trabalho chato, namoro irritante... acho até q nem namoro mais...

- Não????????

- Pois é... acho q terminamos... acho, né??? Apesar de nenhum dos dois tocar nessa palavra... mas, já não é mais como antes... =/

- Poxa!!! Sinto muito!!! Mas, talvez seja melhor assim ;)

- Pois é...

[Pausa 2...]

- Eu também não to muito bem.......................

- Que foi, amore???

- Ahh, as vezes eu acho q não nasci pro amor... tudo fica tão confuso quando to com alguém... uma vontade de me libertar... porém, ao mesmo tempo, procuro sempre estar com alguém ao meu lado... nem que seja por uns dias...

- Pois é... esse lance de relacionamento é tão chato, né???

- Hehehehehhehe...................... Verdade!

- Mas, uma hora os cosmos irão conspirar ao nosso favor... tenha fé!!

- Valeww! ;)

- Bom, acho que já to indo... Obrigada por me escutar e compartilhar suas confusões comigo... adoro a sua amizade =D

- Sem problema, gata!! Adoro a sua amizade também!

- Kisses!!

- ;**